Hemograma, teores séricos de proteínas e de cortisol de fêmeas caninas (Canis familiaris - LINNAEUS, 1758) submetidas à operação cesariana.


Cadelas submetidas à cesariana, por estarem em situação diferente da fisiológica, podem apresentar alterações séricas para se adaptarem a essa nova condição de estresse. Dentre as possíveis alterações,encontram-se as concentrações de cortisol e de proteínas plasmáticas durante o período peri-parto. Sendo assim, os objetivos desse estudo foram identificar e quantificar os teores de proteínas séricas e do cortisol de cadelas submetidas à cesariana na fase de parto e pós-parto (no dia do ato cirúrgico ou parto, 24h, 48h e 10 dias após), bem como analisar a cinética desses elementos no período. Cadelas foram avaliadas quanto à necessidade de se realizar a cesariana, sendo o grupo composto por 15 animais. Amostras de sangue foram colhidas e análises preliminares foram realizadas. O soro reservado foi utilizado para a realização do proteinograma sérico, por eletroforese em gel de acrilamida (SDS-PAGE), e dosagem de cortisol por radioimunoensaio (nos períodos já descritos). A análise estatística foi realizada por meio dos testes t e Tukey. O teor de cortisol sérico apresentou diferença (p< 0,05) no dia da cesariana (6,83 μg/dL), porém não diferiu (p> 0,05) nos dias subseqüentes (1,82 μg/dL, 24 horas após; 1,38 μg/dL, 48 horas após; 1,48 g/dL 10 dias após). Os valores médios após a cesariana foram compatíveis com o encontrado na literatura consultada. Foram encontradas 25 proteínas séricas , entre elas dez são consideradas como proteínas com comportamento de resposta de fase aguda. Pode-se concluir assim, que a distocia e necessidade de cesariana promovem alterações séricas no cortisol e proteínas, com reação de fase aguda. Essas alterações quando detectadas precocemente podem ajudar o médico veterinário na tomada de decisão, em caso de partos distócicos.