Quarenta e sete cães machos e não castrados foram divididos em três grupos de acordo com a faixa etária em: animais adultos jovens (grupo A), animais de meia idade (grupo B) e idosos (grupo C). Dez animais com alterações prostáticas visíveis à ultra–sonografia foram reunidos no grupo D, independentemente da idade. Os animais foram eutanasiados, submetidos à ultrasonografia transretal e excisão da glândula. Foram colhidas amostras para exame histopatológico, transcrição reversa e reação em cadeia da polimerse (RT-PCR) e imunoistoquímico. A histopatologia revelou que todos os cães dos grupos B, C e D apresentavam afecção prostática, sendo a hiperplasia prostática (HPB) a mais freqüente. A maioria dos animais apresentava mais de um tipo de afecção simultaneamente, especialmente HPB e prostatite não bacteriana. A RT-PCR foi realizada para as enzimas CPSE, PAP e PSA, obtendo-se amplificação das amostras para CPSE e PAP, mas não para o PSA. Não houve diferença significativa na quantidade de âmplicons de CPSE entre as amostras do grupo A, B e C, mas esse valor foi significativamente maior no grupo D. A quantidade de âmplicons para a PAP não variou entre os grupos. Tampouco houve correlação entre a quantidade de âmplicons para as diferentes enzimas ou entre esses valores e as dimensões prostáticas na ultra-sonografia. Observou-se imunorreação fraca e pouco extensa (++) nos tecidos prostáticos dos animais dos grupos A e B para o PSA e negativa nos grupos C e D. O tecido prostático de todos os animais apresentou marcação positiva (+++) para a PAP na parte apical do citoplasma das células epiteliais. A CPSE apresentou maiores possibilidades de utilização clínica para avaliação da próstata canina, devendo-se investigar melhor sua atividade diante de afecções prostáticas distintas.