contribui de forma singular e inovadora para o conhecimento dos efeitos desta nova modalidade de tratamento na HPB canina.
Estudo comparativo entre a administração de toxina botulínica "A" e a orquiectomia no tratamento da hiperplasia prostática benigna do cão.
A hiperplasia prostática benigna (HPB) tem início no animal com um a dois anos de idade, sendo que 80% dos cães com cinco anos apresentam evidências histológicas de sua presença. A fisiopatologia da doença não está totalmente compreendida, no entanto, a diidrotestosterona é o principal hormônio envolvido. Recentemente, o efeito da toxina botulínica A (TB-A) foi investigado na próstata, mostrando que esta induz atrofia do parênquima e redução do volume. Como o cão é o único animal doméstico que apresenta esta alteração, este se apresenta como modelo experimental para novos estudos da HPB humana. Com base nisso, este estudo objetivou fornecer informações acerca dos efeitos da TB-A sobre a próstata, libido e qualidade do sêmen, comparando os dados com animais orquiectomizados. Para tanto, 18 cães adultos, com evidências ultra-sonográficas de HPB foram submetidos à castração ou administração de 250 ou 500 U de TB-A, e avaliados durante 16 semanas. A orquiectomia mostrou-se um excelente tratamento para a HPB, promovendo redução de 80% do volume prostático. Aplicação da TB-A não ocasionou alterações significativas na libido, ereção ou qualidade e características seminais. Efeitos locais e sistêmicos também não foram observados. Administração de 250 U da TB-A promoveu redução máxima de 9,4% do volume prostático, entretanto, tal redução não foi significativa. Por outro lado, a administração de 500 U de TB-A reduziu significamente as variáveis comprimento, altura e volume da próstata. Desta forma, o presente ensaio