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Interrupção eletiva da gestação em cães (Canis familiaris, Linnaeus, 1758).

Analisou-se a problemática da escolha de um método confiável e seguro para a interrupção eletiva da gestação em cadelas, prática comum em clínica de pequenos animais para a prevenção do nascimento de ninhadas indesejadas e fator importante não só na solução de problemas pessoais de proprietários, mas também no controle populacional da espécie. Foram abordados os aspectos favoráveis e contra-indicações da interrupção cirúrgica e medicamentosa da prenhez. A interrupção cirúrgica é considerada a melhor escolha para animais que não se pretenda utilizar para reprodução. A utilização de estrógenos, do citrato de tamoxifena e agentes embriotóxicos não-hormonais é restringida pelos seus graves efeitos colaterais. A epostana necessita maiores estudos para confirmar sua eficiência. Apesar de possível, o uso dos análogos de GnRH esbarra em limitações de fornecimento e custo, assim como o controle imunológico da gestação, na especificidade dos agentes utilizados e possíveis efeitos colaterais, enquanto o uso de glicocorticóides, na duração do tratamento e efeitos secundários inerentes aos corticosteróides. Mifepristona e aglepristona, indisponíveis no mercado, têm sido apontadas como drogas de futuro promissor em face de sua eficácia, segurança e utilização em qualquer fase da gestação. Apesar dos seus previsíveis efeitos colaterais e da necessidade de hospitalização dos animais tratados, as prostaglandinas são cada vez mais utilizadas como drogas abortivas. Dentre os agonistas de dopamina, a cabergolina mostra os melhores resultados, principalmente quando associada ao análogo da prostaglandina cloprostenol, podendo ser utilizada assim que o diagnóstico de gestação seja possível, com eficiência de 100% e poucos efeitos colaterais.

Omentalização prostática.

A próstata é a única glândula sexual nos cães e, embora seja encontrada em todos os mamíferos, sua importância clínica é maior no homem e nesta espécie animal devido à quantidade de afecções que os acometem. Diversas técnicas cirúrgicas têm sido utilizadas para o tratamento de cistos e abscessos prostáticos em cães, e há alguns anos foi relatado o primeiro uso da técnica de omentalização prostática para o tratamento de cistos e abscessos, com sucesso efetivo, e até o momento, não há informações de seu emprego no Brasil. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo avaliar a recuperação e o período pós-operatório de animais submetidos a esta técnica, durante o período de 2002 a 2004. Foram estudados 17 machos, sendo 11 com cistos prostáticos, 4 com abscesso e 2 com cisto paraprostático. Quinze se recuperaram sem complicações, enquanto um apresentou incontinência urinária por dois dias após a cirurgia. Um animal veio a óbito em decorrência de septicemia preexistente. A baixa incidência de complicações e o curto período de hospitalização fazem da omentalização a cirurgia de escolha para o tratamento de abscessos e cistos prostáticos em cães.