O tumor venéreo transmissível (TVT) é uma das neoplasias de maior incidência na espécie canina acometendo principalmente o trato genital masculino e feminino. Embora o tratamento de escolha seja a quimioterapia, a resistência às drogas tem sido um fenômeno freqüentemente observado na prática clínica. A determinação dos receptores esteróides (estrógeno e progesterona) por imunoistoquímica em tecidos normais e tumorais de humanos e várias espécies animais, tem mostrado grande importância tanto na avaliação prognóstica da doença tumoral, como também na possibilidade de tratamentos hormonais como adjuvantes à quimioterapia. Os objetivos desta pesquisa foram avaliar a expressão e comparar a concentração dos receptores de estrógeno α (RE-α) e progesterona (RP4) no tecido vaginal íntegro de fêmeas hígidas e no tecido vaginal e tumoral de fêmeas portadoras de TVT, nas fases do ciclo estral. Foram utilizadas 58 cadelas divididas em grupo experimental (portadoras de TVT) e grupo controle (fêmeas hígidas), agrupadas segundo a fase do ciclo estral determinada por citologia vaginal, dosagem hormonal e aspecto macroscópico dos ovários. Sob anestesia geral, foram colhidos fragmentos da vagina e do tecido tumoral e estes fixados, blocados em parafina e posteriormente submetidos a imunoistoquímica. Nas cadelas do grupo controle houve maior expressão dos RE-α no anestro, proestro e estro (p<0,05) em relação ao diestro. Nas fêmeas do grupo experimental houve maior expressão dos RE-α no diestro (p<0,05) em relação ao estro, porém não mostrou diferença significante quando comparada com o anestro. Não houve diferença estatística para os RP4, nas fases do ciclo estral para os animais do grupo controle e no epitélio vaginal das fêmeas do grupo experimental não houve positividade em nenhum dos fragmentos avaliados. Não se observou positividade para RE-α e RP4 no TVT, porém o endotélio de vasos sanguíneos do tumor apresentou expressão de RE-α em algumas amostras. Concluiu-se que a expressão dos RE-α nos tecido vaginal das cadelas hígidas e de cadelas portadoras de TVT, tem expressão diferente em função do hormônio esteróide circulante, porém não se expressa no tecido tumoral.
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Expressão do p63 e p53 em tumores mamários mistos de cadelas.
A proteína p63 é expressa no núcleo das células mioepiteliais da mama e apresenta funções sinérgicas ou antagonistas com a proteína de supressão p53. A expressão imuno-histoquímica de p63 foi estudada para acessar o papel das células mioepiteliais na histogênese dos tumores mistos. Adicionalmente, avaliou-se a possível relação entre expressão imuno-histoquímica de p63 e p53 com a finalidade de obter informações sobre a biologia desses tumores. Quatro amostras de mama normais, 20 tumores mistos benignos, 35 carcinomas em tumores mistos e 11 carcinomas tubulopapilares foram avaliados. Células mioepiteliais, formando camadas periductais/periacinares contínuas, foram imunoreativas para p63 na mama normal e nos tumores mistos benignos. Todos os carcinomas em tumores mistos e 72,7% (8/11) dos carcinomas tubulopapilares foram reativos para p63. A reatividade para p63 foi superior nos tumores mistos benignos quando comparada com os carcinomas. Nos tumores mistos, células mioepiteliais com formato fusiforme e estrelado, presentes no estroma mucinoso também foram reativas para p63. A proteína p53 foi expressa em 20,0% (4/20), 28,6% (10/35) e 36,4% (4/11) dos tumores mistos benignos, carcinomas em tumores mistos e carcinomas tubulopapilares, respectivamente. Não houve relação entre a expressão de p53 e p63 nos diferentes tipos tumorais. O presente estudo evidenciou a participação das células mioepiteliais na histogênese dos tumores mistos. A diminuição da expressão de p63 nas células mioepiteliais que compõem a camada basal dos carcinomas pode ser um evento importante para a progressão tumoral.
Expressão gênica e imunoistoquímica da esterase específica da próstata canina (CPSE), do antígeno específico da próstata (PSA) e da fosfatase ácida prostática (PAP) em cães.
Quarenta e sete cães machos e não castrados foram divididos em três grupos de acordo com a faixa etária em: animais adultos jovens (grupo A), animais de meia idade (grupo B) e idosos (grupo C). Dez animais com alterações prostáticas visíveis à ultra–sonografia foram reunidos no grupo D, independentemente da idade. Os animais foram eutanasiados, submetidos à ultrasonografia transretal e excisão da glândula. Foram colhidas amostras para exame histopatológico, transcrição reversa e reação em cadeia da polimerse (RT-PCR) e imunoistoquímico. A histopatologia revelou que todos os cães dos grupos B, C e D apresentavam afecção prostática, sendo a hiperplasia prostática (HPB) a mais freqüente. A maioria dos animais apresentava mais de um tipo de afecção simultaneamente, especialmente HPB e prostatite não bacteriana. A RT-PCR foi realizada para as enzimas CPSE, PAP e PSA, obtendo-se amplificação das amostras para CPSE e PAP, mas não para o PSA. Não houve diferença significativa na quantidade de âmplicons de CPSE entre as amostras do grupo A, B e C, mas esse valor foi significativamente maior no grupo D. A quantidade de âmplicons para a PAP não variou entre os grupos. Tampouco houve correlação entre a quantidade de âmplicons para as diferentes enzimas ou entre esses valores e as dimensões prostáticas na ultra-sonografia. Observou-se imunorreação fraca e pouco extensa (++) nos tecidos prostáticos dos animais dos grupos A e B para o PSA e negativa nos grupos C e D. O tecido prostático de todos os animais apresentou marcação positiva (+++) para a PAP na parte apical do citoplasma das células epiteliais. A CPSE apresentou maiores possibilidades de utilização clínica para avaliação da próstata canina, devendo-se investigar melhor sua atividade diante de afecções prostáticas distintas.
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